sábado, 17 de maio de 2008

Secos e Molhados

O Sol esquecido em meu bolso.
A calça lavada, secada, guardada.
Aquela noite que parecia eterna
E todos cismando em me falar que tudo passa...
Estou ficando cego.

As pessoas preocupadas com a programação do final de semana.
O Sol perdido.
O varal batendo no chão de tão pesado,
Enquanto a luz vinha dos faróis dos carros, parados, nos postos de gasolina
E do meu coração em chamas.
Estou morrendo.

As nuvens carregadas traziam o presságio da chuva.
E as pessoas tomando vacinas para doenças
que nem sequer chegaram a existir.
As roupas esquecidas no varal.
E meus olhos bem abertos na varanda
Tentam aceitar que o Sol se foi para sempre.
Trovões.

As pessoas andando apressadas, ocupadas.
Eu assisto o escuro em silêncio.
O Sol perdido no bolso daquela calça que ninguém usa
E que que ninguém tem coragem de doar para a campanha de agasalhos.
Eu também não.
Os fósforos molhados não prestam depois de secos.
E, por mais que eu não quisesse,
Era triste perceber que
O Sol também não.

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

"Os fósforos molhados não prestam depois de secos.
E, por mais que eu não quisesse,
Era triste perceber que
O Sol também não."

Oportunidades não voltam.

7:30 PM  
Blogger Caldereta das Idéias said...

É, é bobeira minha.

O Sol perdido...

11:57 AM  
Blogger Pedro Willmersdorf said...

você me angustia de vez em quando.

mas eu curto.

=*

7:43 PM  
Blogger gABi said...

nããão, mulecada.
é melhor não traduzir.. não é isso.


meu DEMÔNIO do céu... esse texto é muito.
é demais.


AAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!!!!

(sinceramente, tô te xingando).

6:35 PM  

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