quarta-feira, 7 de maio de 2008

Escola de Bruxelas

Um copo escorrega da minha mão.
O vidro se esparrama pelo chão.
A água que estava no vidro esparrama pelo chão.
E eu estou descalço.

O corpo em queda livre acelera com a gravidade,
Já dizia a cinemática burra de Galileu.
Enquanto uma pena escorrega da minha mão
E se espatifa no chão ao mesmo tempo linear.
No vácuo.

A velocidade da luz era o limite para Newton, coitado.
Sem saber dos táquions quânticos
E da auto-organização necessária do desequilíbrio,
que é a única coisa que faz a matéria enxergar.
O caos é a coisa mais coerente do universo.

O tempo reversível do -t
É o tempo ilusão-idiota de Einstein, limitado e determinista.
Que calcula tudo na teoria hermética,
Mas ignora que o calor que sai do meu pé para a água
Não volta nunca mais.

Na idiotice da física clássica,
Continuamos a anotar nas borrachas as fórmulas da estupidez universal
Passada por anos e anos pelos limitados
ao reducionismo retardado de estudar o simples
para só então o complexo.

A interação das zilhões de moléculas da água esparramada
Do copo escorregado da minha mão...
Enquanto a culpa sempre esteve nos ponteiros do relógio da cozinha -
Há milênios descompassados com o meu próprio corpo.

Nossa,
Como eu sou desastrado...

6 Comments:

Blogger Pedro Willmersdorf said...

lia o título "escola de bruxelas" e só me vinha à cabeça minha faculdade e a "escola de frankfurt".

hahaha


desenha pra mim? faço questão da suzy patins não, lek.

1:29 AM  
Anonymous Anônimo said...

É desastrado mesmo...rs

8:14 AM  
Anonymous Anônimo said...

É por isso que eu odeio física. Não é uma coisa racional, é uma coisa mecânica.

9:40 AM  
Anonymous Anônimo said...

Só uma palavra: Orlandino


=D

12:50 PM  
Blogger Lili said...

Querido, você sempre surpreende!

Adorei!

Bjos Bru
(desfarçada de blogueira now!)

9:21 PM  
Blogger Luifel said...

Kra, é por isso que sempre detestei as exatas, porque nunca me dei bem com elas...hehe

Abç

11:15 AM  

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