segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Fuzileiro

morro pela pátria como quem morre de olhos abertos no meio da inconfidência, brazil. e só quem sabe o que é ser fuzileiro sabe o orgulho que dá de se camuflar pelo bem que ninguém consegue ver, mas que pulsa no coração, pulsa até na mão desse animal que matei pra sobreviver na selva. e que selva, irmão! eu conheço a selva, e eu vi a selva engolindo tudo, eu vi com esses olhos que a terra há de comer. já me tiraram dinheiro, comida, já me tiraram tudo, irmão. mas eles nunca vão tirar essa paz que sai dos meus olhos abertos e calmos da cabeça separada do corpo no meio da inconfidência. minha vida é brazil, e só quem sabe o que é ser fuzileiro, sabe o que é morrer pela pátria, por você que lê essa carta e nem faz idéia da luta que foi pra chegamos aqui.