segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Hang Loose

Acho que só quem pega onda sabe o que é viver.
A gente espera o dia todo pelo drop perfeito e depois daquele caldo cabuloso, bróder, sempre vale a pena madrugar pro trabalho.
Esse é o meu trabalho, irmão, eu tenho o surf na veia.

Desde que nasci não larguei mais o mar.
E os primeiros passos foram na prancha, aloha, remando.
A rotina que eu quero ter pra sempre:
O movimento das ondas, que tão sempre mudando, nenhuma é igual a outra, as manobras, a harmonia...
E depois arranhar um sonzinho na viola, na fogueira, com a galera reunida.
celebrando mais um dia de surf... e de larica!
Pela parte que me faz querer sempre estar no deck,
É tudo perfeito,
É tudo sagrado.

Na hora da trip, não dá pra ser merrequeiro.
Aquele surf hot dog pipoca de maluco cabrero.
Não curto muito paraibada,
aquele bando de jaca na praia.
Tem que ter amor pra estar no rip, pra viver de onda.
É só amor o bagulho.
E eu tenho, ah, eu tenho.

Irmão, eu amo tanto essa parada que nem sei explicar,
É tudo onda, o bagulho todo é onda, a vida é onda...!
E até depois de uns storms, sempre rolam perrengues, o fundo sempre se ajeita.
Se tu não tá entendendo nada, vem pra linha de rebentação.
Porque só quem pegou onda sabe o que é viver,
E, olha, tenho um notícia boa pra tu:
A prancha pode quebrar... tu pode tomar uma vaca... até morrer tu pode...!
Mas enquanto o mundo for mundo,
ah mané,
As ondas nunca vão acabar.