sábado, 30 de setembro de 2006

Janeiro

Desse sorriso que não pertence a ninguém,
Exige atitudes das peças que se mexem sem seu poder,
Leve e soberano.
Esquece as chaves da casa que nunca teve,
De galho em galho,
Primata enrustido, na barra do vestido que balança
ao leve toque da dança do alto do scarpin
No mundo de cabeça pra baixo
Que faz sentido numa mente que nunca pensa demais,
Passa fugaz,
rasga, rasga, rasga
Os medos com impulso que quebra a garrafa
Do silêncio que ninguém nunca conhecerá
Começa de novo, de novo, sem pudor
Compartilha com o mundo as palavras usadas contra si
E o passado fica numa caixa no jardim secreto
dos seus sonhos, que nem se lembra mais onde enterrou
Aquele mapa riscado com um belo traço inconstante
evaporado, não tem mais significado,
o que sempre tentou encontrar.
Ama vícios, e aperta o agora tão forte que vicia
quem circunda essa inconstância, inundada de preponderâncias
que esquece pra poder se apaixonar de novo.
Não confie nesses olhos-de-gato, olhos-de-lince
Magnéticos, hipotéticos, cataléticos,
Capazes de tudo para fisgar um riso perfeito,
um amor desse jeito,
Traduzido na língua só por ela entendida,
Ou por quem, consentida, permitir se adentrar
No universo privado, assim escrachado,
Onde a cada piscar, faz janeiro
nesse vento ligeiro, que só quer amar.
Se perdendo de novo
é que vai se encontrar.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

esse menino é um poeta...
um ótimo escritor...
estou esperando pelo seu livro...
kd?
=]
Bjoks

8:15 PM  

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