sábado, 25 de novembro de 2006

Origami

As constelações que
unem meu corpo
Mostram traços
Para quem quiser
dobrar.
Esse papel de celofane
translúcido
Colore páginas
que não querem
virar.
Somento liso e intocável
Meu belo é vazio
Por entre o manuseio
sem habilidade
De um mundo que machuca
quando rápido
girar.
E já dobrado, parado
Meu sorriso desenhado
Só anseia enfeitar.
Esse origami inútil
Que os riscos já criados
Não se podem apagar
É estranho, é bonito
os seus traços infinitos
não se podem remoldar
Porque, uma vez dobrado,
Não se pode desdobrar.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

aah.. Vini... ta vendo?! adorei essa!

1:55 AM  

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