domingo, 12 de novembro de 2006

Temporal

Nunca achei que aquele chuvisco fosse render o dilúvio de hoje; meu coração embalsamado na arca-de-noé da sua água, achei que fosse lava, por que me queimei? parecia que ia durar essa pedra que eu carregava, mas a perdi na correnteza do teu talvez, quero ela de volta agora que as constelações só reluzem tua luz interligada por pontos distantes do meu náufrago, consegue ver meu farol? eu consigo ver o teu de todos os ângulos desse oceano infinito, vazio, onde você está quando eu preciso? eu preciso? achei que teu vulcão fosse me aquecer nessas noites superficiais, que bóiam ao léu, enquanto eu tento encontrar tua pérola no fundo do mar, sem ar, dor no peito, por que machuca tanto assim sentir tua ausência, sentir os pingos de chuva lavarem minha alma cansada, querendo que eu mude, mas eu não quero mudar; amo tua água, mas odeio teu temporal, é claro, nunca deixei de pensar em você, mas agora sinto tanto frio sem os medos e as armas que deixei afundar; só queria que você me abraçasse e fizesse essa chuva parar.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

começou cedo hj hein!
entra no msn!
pára de se esconder!

1:13 PM  
Blogger Pedro Chrismann said...

Eu gostei muito do "Transa"
Abração!

1:57 PM  
Anonymous Anônimo said...

droga vinícius.. esses finais são do inferno, pressão baixa (...) - vc conhece essa história.

3:22 PM  

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