segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Espinhos

Não consigo imaginar o quão difícil deve ser estar em tua pele, recoberta pela terra que enterrou teus segredos, perseguidos por fantasmas que agora me perseguem também.
Em cima dessa casa mal-assombrada jaz o cemitério do céu, onde meus sonhos sombreiam a tua luz que implode o azul e o amarelo das estruturas carcomidas daquele plano torto. O chão que eu piso não é o mesmo que me apóia, só eu posso me apoiar.
Nunca escutei o som do meu coração rachar como agora. Meus ossos demoliram ao saber que teu entulho estava lotado pra mais um amor-melodrama. Teu silêncio me desmoronou.
E, de toda aquela poeira, só restaram os capins do quintal vizinho, tuas rosas foram junto com meu sopro sombrio de quem ainda não enxerga vida após a morte, pois não sabia lidar com tuas flores sem me ferir com teus espinhos que, antes cortavam, mas que, agora, já estão dentro de mim.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

esse me lembrouuma música mtooo triste do The Zombies que termina assim:

"And as the years go by
She will grow old and die
The roses in her garden fade away
Not one left for her grave
Not a rose for Emily..."
{A Rose for Emily}

6:18 PM  
Anonymous Anônimo said...

pq parou???
parou pq???

=D

bjocas

2:14 PM  
Blogger Pedro Chrismann said...

Eu sei que Poeta é que nem Malandro...não pára, dá um tempo...
mas uma semana já tá bom...
aahuuhahuahuahuahuauh
brincadeira
Abração

8:58 PM  

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