sexta-feira, 6 de outubro de 2006

teus nãos;

Não me importo se pisar em mim novamente, não ligo mais.
Não que eu tenha sangue-de-barata; só não me preocupo com o que não me satisfaz.

Não há maneira mais fácil de dar-te as costas, não parece ser preciso.
Não escuto teu sermão de ralo-abaixo; só não aguento tua libertinagem nesse jogo de improviso.

Não digo que não tentei vencer mais um pouco, não nos deixar afundar.
Não alcançava teu redemoinho; só não era fácil porque meu coração do sertão fez teu suor secar.

Não digas que esmurrava facas para eu me entregar, não me resguardar.
Não que não gostasse do trailer do nosso filme; só não queria uma película artificial a me sufocar.

Não venha jogando a bola de volta, não deixou ela nunca de estar em suas mãos.
Não disse que ia ser fácil; só não use essa soberba altivez para esconder as cicatrizes que deixei em seu coração.

Não sigo o mesmo caminho que o teu, não faz a mínima diferença.
Não chega a ser recalque; só não me apetece o passado, nem a tua tentativa vã de onipresença.

Não quero soar superior, não preciso de ti para me auto-afirmar.
Não digas que eu estou perdido; pois só não disse 'sim' para você se encontrar.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

uau, MAN.

esse tá do carai!!!!!!!!!

11:09 PM  

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